sexta-feira, 31 de agosto de 2012

PMJP promove palestra sobre câncer de mama e incentiva prevenção

A Prefeitura Municipal de João Pessoa, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou nesta quinta-feira (30) uma palestra sobre a prevenção de câncer de mama. O evento contou com a participação da empresária carioca Gisella Amaral e com a médica mastologista Cláudia Studart Leal. As palestras aconteceram no Ginásio Hermes Taurino, em Mangabeira VII.

Gisella Amaral falou sobre sua experiência com o câncer de mama, de sua luta contra quatro tumores, do período de longo tratamento e da cura. “Depois de sofrer com câncer, senti que minha missão é informar e orientar as pessoas sobre a experiência que vivi. Compartilho as informações adquiridas e o conhecimento vivenciado na fé, porque percebo que as mulheres precisam se conhecer melhor e, principalmente, se cuidarem mais”, disse.

A médica mastologista Cláudia Studart Leal ministrou a palestra ‘Falando sobre a prevenção do câncer’, com informações sobre a doença, como diagnosticar, métodos preventivos, tratamento e estatísticas. “É importante que as mulheres, além de fazer o autoexame, procurem anualmente o médico e façam exames para cuidar com atenção da saúde. O melhor para todos sempre é a prevenção”, informou.

No evento, a secretária de Saúde de João Pessoa, Roseana Meira, falou sobre a importância dos exames para o diagnóstico rápido e preciso. “É importante conhecer o que é normal nas mamas e ficar atenta para as alterações. A assistência médica e os exames são garantidos pelo SUS. É necessário que haja a busca sem medo e sem preconceito aos cuidados adequados, tanto para os homens, quanto para as mulheres”, destacou.

Prevenção – Em João Pessoa, a porta de entrada para os usuários na rede municipal de saúde são as Unidades Básicas de Saúde (UBS), as 180 Unidades de Saúde da Família (USF) e os Centros de Atenção Integral a Saúde (CAIS).

No primeiro momento, o atendimento especializado à saúde da mulher nas unidades de saúde começa com exames clínicos nas mamas. A paciente é examinada por um profissional de saúde e conduzida para fazer a mamografia. Caso haja alterações nos exames, a usuária é encaminhada para a atenção especializada com um médico mastologista que orientará e indicará o tratamento mais adequado.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 1.800 exames de mamografias por mês, que podem ser feitos nos hospitais Napoleão Laureano, São Vicente de Paula e Universitário Lauro Wanderley (HU).

Mamografia – É uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento chamado mamógrafo. É feita uma compressão das mamas para visualizar pequenas alterações, o que permite descobrir o câncer de mama em fase inicial.

É determinado por lei que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos. A Lei 11.664/2008, que entrou em vigor em 29 de abril de 2009, reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde. Embora tenha suscitado interpretações divergentes, o texto não altera as recomendações de faixa etária para rastreamento de mulheres saudáveis: dos 50 aos 69 anos.

Câncer – Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. As células que se dividem rapidamente tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando interrelacionadas. As causas externas referem-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de uma sociedade. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.

Câncer de Mama – De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A doença corresponde a 22% de novos casos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama ainda são altas, devido ao fato da busca tardia pelo diagnóstico ou pelo exercício da prevenção. Segundo o Inca, a cada 100 mulheres, um homem é acometido pelo câncer de mama.

O melhor exame para detectar o nódulo em fase inicial é a mamografia e, se o diagnóstico é feito no início da doença, a chance de cura é de 95%.

Sintomas – Para verificar os sinais, é preciso ver se há alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante à casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. Geralmente o sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Devem desconfiar também se surgirem nódulos palpáveis na axila.

Fatores de risco – Para o desenvolvimento da doença constituem os fatores de risco: a história familiar, a menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos.

Devem ter atenção e cuidado especial as mulheres como as que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, as que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos
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