A
Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou na manhã desta quarta-feira
(30), uma sessão especial para comemorar o Dia do Trabalhador ou do Trabalho,
que é comemorado na quinta-feira, 1º de maio. O vereador Benilton Lucena (PT)
foi o propositor da sessão.
De acordo
com Benilton, a sessão foi proposta para discutir os avanços e os retrocessos
do movimento sindicalista no Brasil. “O Dia Mundial dos Trabalhadores é um
memorial que lembra os momentos difíceis de luta por conquistas, como redução
de jornada de trabalho, direito a férias remuneradas, descanso semanal e
aposentadoria. É um dia de reflexão, de organização e fortalecimento das
classes de trabalhadores e da luta constante por um mundo melhor, mais
solidário, mais justo e mais humano” justificou o vereador.
O
parlamentar aproveitou a oportunidade para fazer uma retrospectiva de lutas e
fatos que marcam o Dia dos Trabalhadores, assim como as diversas conquistas da
categoria, tais como jornada semanal de 44 horas, 13º salário, férias de 30
dias com adicional de um terço na remuneração, a estabilidade das gestantes e
multa de 40% no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para evitar as
demissões arbitrárias.
Além de
Benilton Lucena, prestigiaram a sessão os vereadores Bosquinho (DEM), que
secretariou os trabalhos da mesa, bem como os presidentes do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Município (Sintem), Daniel de Assiss; do Sindicato
dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintesp-PB), Severino Ramos;
do Sindicato dos Empregados no Comércio da Grande João Pessoa (Sinecom-JP),
Rogério Braz; da Nova Central Sindical dos Trabalhadores da Paraíba (NCST-PB),
Antônio Erivaldo Henrique de Sousa; e da Central Única dos Trabalhadores na
Paraíba (CUT-PB), Paulo Marcelo.
Rogério Braz
falou que existe grande preocupação em gerar incentivos fiscais para empresas
mas falta a devida cobrança de repasse de incentivos para a classe trabalhadora
para evitar o assédio moral e as listas negras que existem no cotidiano dos
trabalhadores e que gera grande estresse para toda categoria. “Precisamos de
compromisso social para gerar condições decente de trabalho para todos os
trabalhadores do país”, defendeu.
Já o
presidente do Sintesp-PB lembrou que os servidores das universidades públicas
completaram 43 dias de paralização em greve nacional na luta pela melhoria nas
condições de trabalho e reajuste salarial. “As negociações estão sem nenhum
avanço, gerando muito estresse para toda sociedade. Não queremos paralisar por
tempo indeterminado desejamos respeito às reivindicações da categoria”, disse.
O presidente
da Nova Central Sindical elencou as reivindicações que as centrais sindicais
pleiteiam no Congresso Nacional, como por exemplo, a redução da jornada de
trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução dos salários; o investimento
de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação, melhorias na saúde e na
segurança pública. Ele ainda defendeu a manutenção dos direitos firmados na
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Também
prestigiaram a sessão o vereador Raoni Mendes (PDT) e diversos representantes
de sindicatos e associações que exaltaram a iniciativa da CMJP em promover uma
sessão para debater os direitos da classe trabalhadora. Eles também defenderam a união de todas as entidades e
sindicatos em defesa de ações que beneficiem os servidores públicos e os
trabalhadores do setor privado.
CMJP com
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