quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Presidente recebe índios e ALPB fará sessão especial para discutir violência

O presidente da Assembléia Legislativa da Paraíba (ALPB), Ricardo Marcelo (PEN), recebeu no final da manhã desta quarta-feira (22), uma comitiva de índios potiguaras, liderados pelo cacique geral Sandro Gomes e o Capitão Potiguar, que solicitaram do poder Legislativo providências urgentes para conter a “onda de violência que assusta as comunidades das aldeias potiguaras, localizadas no litoral norte paraibano, a partir dos municípios de Baia da Traição, Rio Tinto e Mataraca”.

De acordo com o Capitão Potiguar, porta voz do grupo e integrante da Comissão Nacional de Políticas Indigenistas, ligada ao Ministério da Justiça, o clima de insegurança nas aldeias é muito grande, devido a uma série de tentativas de homicídios aos lideres indigenistas, que culminou com a morte do cacique da aldeia Brejinho Geusivan no último dia 31 de julho.

“A comunidade indígena está vivendo com medo, apavorada. Já tinha visto estas tentativas de morte e execuções nos estados da Bahia, Alagoas e Mato Grosso do Sul, mas aqui na Paraíba nunca tinha visto uma coisa desta, por isso, estamos pedindo às autoridades que tomem, as providências cabíveis para identificar quem são os responsáveis por estes crimes”, declarou.

O presidente Ricardo Marcelo atendeu a reivindicação dos índios e já marcou uma sessão especial na ALPB para o próximo dia 31 de agosto, onde o tema será discutido. “Vamos tomar todas as providências cabíveis e convocar todos os órgãos, a exemplo do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Governo do Estado, Polícia Federal, Congresso Nacional, Procuradoria Geral da República, Incra, Funai, entre outras autoridades para discutir esta problemática”, garantiu o presidente.

Além do líder potiguar assassinado, os caciques Sandro Gomes, Genival Pintado e Aníbal Cordeiro já sofreram tentativas de morte, segundo relataram os índios. O Capitão Potiguar disse também que “os índios não sabem a quem atribuir à autoria dos atentados, pois os potiguaras são um povo pacífico que vive tranquilo nas suas aldeias”. No entanto, o líder indígena não descartou que os crimes estejam relacionados com as questões fundiárias. “Mas, só com uma ação mais enérgica das autoridades vai apontar as verdadeiras causas e autores dos atentados”, completou.
Codecom

Nenhum comentário:

Postar um comentário