De acordo com o Capitão Potiguar, porta voz do grupo e integrante da Comissão Nacional de Políticas Indigenistas, ligada ao Ministério da Justiça, o clima de insegurança nas aldeias é muito grande, devido a uma série de tentativas de homicídios aos lideres indigenistas, que culminou com a morte do cacique da aldeia Brejinho Geusivan no último dia 31 de julho.
“A comunidade indígena está vivendo com medo, apavorada. Já tinha visto
estas tentativas de morte e execuções nos estados da Bahia, Alagoas e Mato
Grosso do Sul, mas aqui na Paraíba nunca tinha visto uma coisa desta, por isso,
estamos pedindo às autoridades que tomem, as providências cabíveis para
identificar quem são os responsáveis por estes crimes”, declarou.
O presidente Ricardo Marcelo atendeu a reivindicação dos índios e já
marcou uma sessão especial na ALPB para o próximo dia 31 de agosto, onde o tema
será discutido. “Vamos tomar todas as providências cabíveis e convocar todos os
órgãos, a exemplo do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual,
Governo do Estado, Polícia Federal, Congresso Nacional, Procuradoria Geral da
República, Incra, Funai, entre outras autoridades para discutir esta
problemática”, garantiu o presidente.
Além do líder potiguar assassinado, os caciques Sandro Gomes, Genival
Pintado e Aníbal Cordeiro já sofreram tentativas de morte, segundo relataram os
índios. O Capitão Potiguar disse também que “os índios não sabem a quem
atribuir à autoria dos atentados, pois os potiguaras são um povo pacífico que
vive tranquilo nas suas aldeias”. No entanto, o líder indígena não descartou
que os crimes estejam relacionados com as questões fundiárias. “Mas, só com uma
ação mais enérgica das autoridades vai apontar as verdadeiras causas e autores
dos atentados”, completou.
Codecom
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