Na ocasião, a maioria dos deputados teceu comentários sobre as obras anunciadas pelo governo, com posições divergentes entre os parlamentares das bancadas de situação e oposição.
O deputado Adriano Galdino (PSB) disse que o governo está transformando a Paraíba em um “canteiro de obras” e que o governador Ricardo Coutinho confirma a gestão suprapartidária, ao anunciar obras para 70 municípios sem levar em conta as cores partidárias dos respectivos prefeitos. “O pacote de obras do governo contempla setenta municípios. Desse total, sessenta e duas cidades são administradas por prefeitos que não votaram em Ricardo Coutinho, nas eleições de 2010. Digo isso pra reafirmar que a Paraíba vive um novo tempo, onde o governante se preocupa com o povo, independente de suas cores partidárias”, declarou.
A tese defendida por Adriano Galdino foi endossada pelos deputados democratas José Aldemir e Branco Mendes e, também, pelo vice-presidente da Casa de Epitácio Pessoa, deputado Edmilson Soares (PSB). Branco Mendes foi mais contundente na defesa do plano do governo, ao afirmar que o governador Ricardo Coutinho “engrenou” a máquina administrativa. “No primeiro ano, houve medidas antipáticas, mas necessárias para destravar e ajustar a máquina. Agora já começamos a ver os resultados, com uma máquina engrenada, com obras anunciadas para todos os recantos do estado”, comentou.
O contraponto foi apresentado pelos deputados oposicionistas Guilherme Almeida (PSC) e Luciano Cartaxo (PT). Guilherme Almeida lamentou a parte destinada à cidade de Campina Grande que, segundo ele, foi “infinitamente” pequena (R$ 10 milhões) para a importância econômica e política da cidade e, principalmente, em relação aos valores destinados a outros municípios de pequeno porte. “Campina deu sessenta mil votos ao então candidato Ricardo Coutinho. É a segunda maior cidade da Paraíba e, no momento em que o governo anuncia um plano de desenvolvimento, Campina recebe apenas recursos para obras pontuais, basicamente para reparos a serem feitos pela Cagepa”, lamentou.
Opinião semelhante foi externada pelo parlamentar Luciano Cartaxo que, além de criticar determinadas intervenções, lamentou o fato de o governador Ricardo Coutinho ter excluído o governo federal no material de propaganda divulgado pelo Executivo Estadual. “O governo sequer citou, em seu discurso oficial, o nome da presidente Dilma Roussef. Além disso, o material publicitário divulgado não traz a logomarca do governo federal. E, vale ressaltar, que grande parte das obras anunciadas serão tocadas com recursos federais”, observou.
Luciano Cartaxo ressaltou que alguns intervenções são importantes, mas não podem ser incluídas como obras estruturantes, a exemplo do retelhamento do Palácio da Redenção. “Além disso, muitas obras que já estão em andamento, isto é, que foram iniciadas em outros governos, estão sendo vendidas como obras do atual governo. A translitorânea, obra iniciada no governo Cássio Cunha Lima, teve seguimento no governo José Maranhão, está no pacote anunciado pelo atual governo”, comentou.
Fonte: Site da AL/PB
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