sábado, 30 de março de 2013

Vigilância Ambiental instala armadilhas para o mosquito da dengue



Na primeira semana de abril, a Gerência de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) instalará 30 armadilhas do tipo ovitrampa para verificar a presença e os focos de Aedes aegypti no bairro do Bessa. A instalação acontecerá nos dias 2 e 3 de maio, sendo 15 armadilhas em um dia e 15 em outro.

De acordo com Nilton Guedes, gerente de Vigilância Ambiental da SMS, as ovitrampas são armadilhas com larvicida que atraem o mosquito da dengue. “Com elas, a contagem de vetores é mais eficiente”, explicou. Ele disse ainda que as armadilhas serão recolhidas a cada sete dias, para que não se complete o ciclo do mosquito, que passa por quatro estágios de crescimento: ovo, larva, pupa e mosquito adulto (período que dura cerca de 10 dias).  “Cada uma das 30 ovitrampas terá duas palhetas de coleta. Se houver ovos em alguma delas, é sinal de que há regiões com foco do mosquito no bairro”, ressaltou.

O Bessa, segundo Nilton, será o primeiro local a contar com esse monitoramento por ter muitas construções, estar na divisa entre João Pessoa e Cabedelo e ser uma área de grande rotatividade, devido ao perfil turístico. “Mas não será o único bairro onde faremos esse acompanhamento. Também iremos a outras regiões da cidade”, disse.

Como será – Quinze ovitrampas serão instaladas na terça-feira (2) e outras 15 na quarta (3), sendo uma a cada quatro quarteirão. Na semana seguinte, essas armadilhas serão recolhidas por agentes ambientais, para verificação; depois, serão recolocadas nos mesmos locais. Esse procedimento será o mesmo até o recolhimento definitivo das armadilhas, no dia 23 de maio.

Ovitrampa – A ovitrampa é constituída de um pote preto fosco, com capacidade para um litro de água, sem tampa e com uma palheta de madeira compensada, presa verticalmente por um clipe no interior da armadilha. Nesse pote, é colocada água de torneira com larvicida.

As fêmeas do mosquito são atraídas pela cor preta do balde e fazem a oviposição na palheta. Depois da retirada dessas palhetas, os agentes fazem uma contagem do número de ovos. “Esses números ajudam os agentes de saúde a identificar a presença e o nível de infestação do mosquito numa determinada área”, ressaltou Nilton.

Para ele, a ovitrampa é uma armadilha eficiente e barata, pois mapeia a oviposição e a distribuição espacial de ovos em diferentes períodos sazonais. “A instalação dessas armadilhas também possibilita o contato dos técnicos da Vigilância com os moradores e amplia os conhecimentos sobre o mosquito em locais onde a população está sensibilizada para o problema”, disse.

Ciclo – Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida. Normalmente, as fêmeas do Aedes escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o Aedes aegypti não consegue se reproduzir.
Secon/JP

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