quarta-feira, 6 de março de 2013

Vereadores apoiam antecipação da eleição da mesa e elogiam atual gestão

Vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) confirmam, durante a sessão desta terça-feira (5), apoio ao Projeto de Resolução que antecipa a eleição da mesa diretora para o biênio 2015/2016. Eles destacaram, entre outras coisas, a soberania do Plenário para decidir a questão e elogiaram a forma como o atual presidente, Durval Ferreira (PP), vem sendo conduzido a administração da Casa.

Para o vereador Raoni Mendes (PDT), o Plenário da Câmara é soberano e, nesse caso, o desejo da maioria de apoiar a antecipação da eleição é inquestionável. O vereador Bruno Farias (PPS) afirma que a Casa cumpriu com todos os requisitos legais previstos no seu Regimento Interno. Segundo ele, não há óbices de natureza jurídica ou política que impeçam a realização antecipada desse processo de eleição para a próxima quinta-feira (7). “É evidente que existem algumas insatisfações pontuais, mas tais insatisfações não têm condão de obstruir um processo revestido de legalidade e de legitimidade”, acrescenta.
Como argumento para apoiar a recondução de Durval à presidência, o vereador Benilton Lucena (PT) lembra a questão que envolveu a eleição interna do PT sobre a candidatura própria e/ou coligação nas últimas eleições. Benilton ressalta que se as resoluções do partido, na época, fossem realmente obedecidas, Luciano Cartaxo não teria sido nem candidato a prefeito. “Naquele momento havia duas tendências: uma queria coligação com o PSB e outra defendia candidatura própria. Ganhou, democraticamente, a que defendia candidatura própria, e nós acatamos a decisão e trabalhamos diuturnamente na campanha de Cartaxo, que culminou em sua eleição”,lembra o petista.

A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) assegura que não volta atrás em nenhuma decisão que tomar com relação ao apoio à antecipação da eleição da mesa diretora e à recondução de Durval à presidência. Ela destaca o equilíbrio, maestria e ombridade com que Durval vem conduzindo a Casa, desde a sua primeira gestão. Raíssa conta que, enquanto algumas câmaras no Estado iniciaram seus trabalhos com brigas, o Poder Legislativo de João Pessoa instalou sua 16ª Legislatura com muitos debates importantes e respeito à sociedade pessoense. A parlamentar ainda explicou que a substituição do seu nome na composição da próxima mesa aconteceu através de consenso.
Na opinião do vereador Felipe Leitão (PP), o presidente Durval Ferreira, desde que assumiu a Presidência da Câmara, vem demonstrando sua preocupação em preservar e fortalecer a imagem do Poder, com a implantação da TV Aberta e com a possibilidade de criar também a Rádio FM institucional. Felipe deixa claro que o projeto de antecipação da eleição da mesa está sendo defendido e apoiado por 24 vereadores. “Isso não foi iniciativa do presidente, partiu de vinte e quatro parlamentares, é o resultado de uma boa gestão. Nunca na história da Casa surgiu um presidente como Durval, que se preocupasse tanto com os pares e a imagem da instituição”,reforça.

O vereador Bosquinho (DEM) destaca que Durval trabalha diariamente, muitas vezes saindo da Casa tarde da noite, resolvendo questões administrativas, e discutindo com sua equipe melhorias para a instituição. “Então, eu vejo que um time que está dando certo, atuando bem, não deve ser modificado. Isso é natural e obvio”,comenta. Bosquinho acrescenta ainda que a antecipação do processo vai evitar possíveis conflitos e polêmicas, inicialmente, e futuramente vai garantir à Câmara tranquilidade, sem interrupção, para colocar em discussão e apreciar matérias muito mais importantes e de interesse da população.
O líder da oposição, vereador Renato Martins (PSB), compreende que a antecipação do processo contempla, sem descriminação e distinção, quase todos os partidos do Legislativo, inclusive o PSB, que, segundo ele, mesmo fazendo oposição ao governo municipal tem o vereador Zezinho Botafogo (PSB) como 2º vice-presidente da mesa, e ele (Renato) como presidente da Comissão de Obras e Administração Pública. “Eu entendo que o papel da mesa é garantir as condições necessárias e legais para que os debates ocorram e administrar a Casa. E, se isso vem ocorrendo, não há motivo para não apoiar uma coisa que já foi decidida”, argumenta Renato.

“Não há mais o que se discutir sobre esse Projeto de Resolução de antecipação da eleição da mesa. Não entendo o por quê de tanta polêmica sobre esse assunto. Um processo que tem o apoio, concreto e transparente, de vinte e quatro vereadores não tem mais o que discutir”, ressalta o vereador Sérgio da Sac.
O vereador Marco Antônio (PPS), por sua vez, entende que temas como esse e outros têm que ser avaliados e discutidos internamente. Ele não vê nenhum início de crise entre os Poderes Legislativo e Executivo Municipal devido ao assunto, como está sendo levantado pela imprensa e nos bastidores. Marco lembra que tanto os vereadores que apoiam a antecipação da eleição da mesa quanto os que se posicionaram contrários são da base do prefeito Luciano Cartaxo.“Mesmo assim, a bancada governista continua intacta. Uma coisa é eleição da mesa, e outra coisa é o apoio que nós vamos dar ao governo”, esclarece.

O vereador Marmuthe (PT do B) lamenta a resolução publicada pelo PT, que diz que a atuação do Parlamento Mirim não é democrática, é injusta e excludente. “Ora, a antecipação desse processo é um assunto interna corporis, já apreciado em Plenário, que é soberano”, rebateu o parlamentar, ao avaliar o documento do PT. De acordo com ele, não é porque a Casa antecipa a eleição da mesa que os vereadores vão mudar seu entendimento político de continuar contribuindo para o avanço e melhoria da Capital, com diálogo e consonância com o Poder Executivo Municipal. “Não vamos misturar questões que são estritamente distintas”, garante.
“Eu não sei por que nós estamos criando um cavalo de batalha com essa questão. Tudo já ficou claro e decidido sobre a antecipação do processo. Eu, pelo menos, não volto atrás. Apoio a recondução de Durval”, observa o vereador João dos Santos (PR).

Todos os vereadores que se pronunciaram em plenário negaram terem sido procurados por alguém do governo para rever seu posicionamento.
CMJP

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