Para o vereador Raoni
Mendes (PDT), o Plenário da Câmara é soberano e, nesse caso, o desejo da
maioria de apoiar a antecipação da eleição é inquestionável. O vereador Bruno
Farias (PPS) afirma que a Casa cumpriu com todos os requisitos legais previstos
no seu Regimento Interno. Segundo ele, não há óbices de natureza jurídica ou
política que impeçam a realização antecipada desse processo de eleição para a
próxima quinta-feira (7). “É evidente que existem algumas insatisfações
pontuais, mas tais insatisfações não têm condão de obstruir um processo
revestido de legalidade e de legitimidade”, acrescenta.
Como argumento para
apoiar a recondução de Durval à presidência, o vereador Benilton Lucena (PT)
lembra a questão que envolveu a eleição interna do PT sobre a candidatura
própria e/ou coligação nas últimas eleições. Benilton ressalta que se as
resoluções do partido, na época, fossem realmente obedecidas, Luciano Cartaxo
não teria sido nem candidato a prefeito. “Naquele momento havia duas
tendências: uma queria coligação com o PSB e outra defendia candidatura
própria. Ganhou, democraticamente, a que defendia candidatura própria, e nós
acatamos a decisão e trabalhamos diuturnamente na campanha de Cartaxo, que
culminou em sua eleição”,lembra o petista.
A vereadora Raíssa
Lacerda (PSB) assegura que não volta atrás em nenhuma decisão que tomar com
relação ao apoio à antecipação da eleição da mesa diretora e à recondução de
Durval à presidência. Ela destaca o equilíbrio, maestria e ombridade com que
Durval vem conduzindo a Casa, desde a sua primeira gestão. Raíssa conta que,
enquanto algumas câmaras no Estado iniciaram seus trabalhos com brigas, o Poder
Legislativo de João Pessoa instalou sua 16ª Legislatura com muitos debates
importantes e respeito à sociedade pessoense. A parlamentar ainda explicou que
a substituição do seu nome na composição da próxima mesa aconteceu através de
consenso.
Na opinião do vereador
Felipe Leitão (PP), o presidente Durval Ferreira, desde que assumiu a
Presidência da Câmara, vem demonstrando sua preocupação em preservar e
fortalecer a imagem do Poder, com a implantação da TV Aberta e com a possibilidade
de criar também a Rádio FM institucional. Felipe deixa claro que o projeto de
antecipação da eleição da mesa está sendo defendido e apoiado por 24
vereadores. “Isso não foi iniciativa do presidente, partiu de vinte e quatro
parlamentares, é o resultado de uma boa gestão. Nunca na história da Casa
surgiu um presidente como Durval, que se preocupasse tanto com os pares e a
imagem da instituição”,reforça.
O vereador Bosquinho
(DEM) destaca que Durval trabalha diariamente, muitas vezes saindo da Casa tarde
da noite, resolvendo questões administrativas, e discutindo com sua equipe
melhorias para a instituição. “Então, eu vejo que um time que está dando certo,
atuando bem, não deve ser modificado. Isso é natural e obvio”,comenta.
Bosquinho acrescenta ainda que a antecipação do processo vai evitar possíveis
conflitos e polêmicas, inicialmente, e futuramente vai garantir à Câmara
tranquilidade, sem interrupção, para colocar em discussão e apreciar matérias
muito mais importantes e de interesse da população.
O líder da oposição,
vereador Renato Martins (PSB), compreende que a antecipação do processo
contempla, sem descriminação e distinção, quase todos os partidos do
Legislativo, inclusive o PSB, que, segundo ele, mesmo fazendo oposição ao
governo municipal tem o vereador Zezinho Botafogo (PSB) como 2º vice-presidente
da mesa, e ele (Renato) como presidente da Comissão de Obras e Administração
Pública. “Eu entendo que o papel da mesa é garantir as condições necessárias e
legais para que os debates ocorram e administrar a Casa. E, se isso vem
ocorrendo, não há motivo para não apoiar uma coisa que já foi decidida”,
argumenta Renato.
“Não há mais o que se
discutir sobre esse Projeto de Resolução de antecipação da eleição da mesa. Não
entendo o por quê de tanta polêmica sobre esse assunto. Um processo que tem o
apoio, concreto e transparente, de vinte e quatro vereadores não tem mais o que
discutir”, ressalta o vereador Sérgio da Sac.
O vereador Marco Antônio
(PPS), por sua vez, entende que temas como esse e outros têm que ser avaliados
e discutidos internamente. Ele não vê nenhum início de crise entre os Poderes
Legislativo e Executivo Municipal devido ao assunto, como está sendo levantado
pela imprensa e nos bastidores. Marco lembra que tanto os vereadores que apoiam
a antecipação da eleição da mesa quanto os que se posicionaram contrários são
da base do prefeito Luciano Cartaxo.“Mesmo assim, a bancada governista continua
intacta. Uma coisa é eleição da mesa, e outra coisa é o apoio que nós vamos dar
ao governo”, esclarece.
O vereador Marmuthe (PT
do B) lamenta a resolução publicada pelo PT, que diz que a atuação do
Parlamento Mirim não é democrática, é injusta e excludente. “Ora, a antecipação
desse processo é um assunto interna corporis, já apreciado em Plenário, que é
soberano”, rebateu o parlamentar, ao avaliar o documento do PT. De acordo com
ele, não é porque a Casa antecipa a eleição da mesa que os vereadores vão mudar
seu entendimento político de continuar contribuindo para o avanço e melhoria da
Capital, com diálogo e consonância com o Poder Executivo Municipal. “Não vamos
misturar questões que são estritamente distintas”, garante.
“Eu não sei por que nós
estamos criando um cavalo de batalha com essa questão. Tudo já ficou claro e
decidido sobre a antecipação do processo. Eu, pelo menos, não volto atrás.
Apoio a recondução de Durval”, observa o vereador João dos Santos (PR).
Todos os vereadores que
se pronunciaram em plenário negaram terem sido procurados por alguém do governo
para rever seu posicionamento.
CMJP
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