Um total de 51 Vigilâncias Sanitárias de municípios paraibanos já
recebeu treinamento para aperfeiçoar e intensificar as inspeções dos produtos
derivados do fumo, com ênfase para a questão dos aditivos que comumente são
utilizados pela indústria do tabaco para estimular o hábito de fumar,
notadamente junto às camadas mais jovens da população, segundo informou a
diretora geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba,
engenheira de alimentos Glaciane
Mendes.
Promovida pela Agevisa/PB, a capacitação faz parte do projeto de
descentralização das ações de vigilância sanitária empreendidas pelo Governo do
Estado e contemplará os municípios de todas as Regionais de Saúde da Paraíba.
Até agora foram capacitados coordenadores e inspetores de 29 cidades da 1ª
Gerência Regional da Agevisa/PB (18 na região polarizada por Guarabira e onze
na região de Itabaiana) e de outras e 22 cidades da 2ª Regional da Agevisa/PB
localizadas na região de Campina Grande.
De acordo com a diretora técnica de Ciência e Tecnologia Médica e
Correlatos da agência, Helena Teixeira Lima, estão sendo repassadas informações
sobre a legislação e os procedimentos que devem ser observados durante as
inspeções. O objetivo do Governo, segundo ela, é capacitar o maior número
possível de técnicos e inspetores das Visas municipais de todas as regiões de
saúde da Paraíba.
Segundo Helena Lima, serão realizados treinamentos nas demais
Regiões de Saúde da Paraíba a partir da próxima semana, e até o final de
dezembro todas as cidades paraibanas estarão contempladas com a capacitação.
“Com isso, estaremos oferecendo à população uma proteção bem mais qualificada,
eficiente e abrangente, à medida que, por meio das ações pactuadas, a
Vigilância Sanitária Estadual poderá atingir todo o conjunto da sociedade paraibana
com suas ações de proteção e promoção da saúde”, comentou.
Problema de
saúde pública – O tabagismo
é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde
pública global, e se constitui na segunda maior causa de mortes no mundo.
Citando dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Helena Lima lembrou que o
total de mortes decorrentes do consumo do cigarro já superou a casa dos cinco
milhões de vítimas por ano, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
“O tabagismo é um
problema de saúde pública que desencadeia e agrava condições de hipertensão e
diabetes, aumentando também o risco de os usuários desenvolverem tuberculose, e
por consequência, chegarem a perder a própria vida”, acrescentou a diretora técnica de Ciência e
Tecnologia Médica da Agevisa/PB. Ela ressaltou também que, mesmo sendo
reconhecido como uma “droga lícita”, o cigarro pode ser considerado como uma
porta de entrada para o consumo de outras drogas, como, por exemplo, a maconha,
que é consumida em forma de cigarro.
Falando especificamente dos aditivos
utilizados pela indústria do fumo, Helena Lima ressaltou determinação da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir o uso de tais produtos e
lembrou que a responsabilidade pela erradicação de tal procedimento não atinge
somente a indústria, mas também os comerciantes, os quais são proibidos de
manter nos seus estabelecimentos produtos que estimulem a adesão ao consumo do
cigarro, no caso os cigarros aditivados.
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