A
Policia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes – DRE, em
parceira com o Sistema Prisional da Paraíba, deflagrou, na manhã desta
sexta-feira (16), a Operação Scarface. O objetivo da ação policial era o
desmanche de um esquema criminoso que envolvia 30 pessoas. Todos são acusados
de formar quadrilhas de tráfico de drogas e cometer também outros crimes como
assaltos e homicídios. Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram
expedidos pela Vara de Entorpecentes de João Pessoa.
Foram
expedidos cinco mandados de busca e apreensão e 25 de prisão, sendo que 15
deles foram para detentos que estão no Sistema Penitenciário da Paraíba e que
são acusados de comandar o tráfico de drogas, homicídios e assaltos
dentro e fora das unidades prisionais.
Estes foram transferidos do Róger e do Sílvio Porto para o PB1, em
Jacarapé. Além dos 25 mandados de prisão, foram presas mais quatro pessoas que
estavam foragidas de Penitenciárias do Estado e mantinham uma relação com os
crimes investigados na Operação Scarface, somando ao todo 29 prisões.
De
acordo com o delegado de Repressão a Entorpecentes (DRE), Allan Murilo Terruel,
um dos detentos presos está no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, e
comandava o tráfico de drogas na Paraíba por meio de informações repassadas
pela mulher dele a criminosos no Estado.
Allan
Terruel explicou ainda que o perfil do grupo era bastante violento e
controlador. “Além do tráfico, eles ordenavam homicídios de rivais, de pessoas
que consumiam drogas e também deviam ao grupo”, afirmou. Ainda de acordo com o
delegado, as prisões iniciaram na última quarta-feira (14), com o vereador
Arnóbio Gomes, em Bayeux. “As investigações indicam que o vereador não tem uma
função de liderança dentro do grupo, mas ele era responsável por repassar
informações privilegiadas de ações policiais a criminosos e atuar na venda de
armas para o grupo”, disse.
Para
o secretário da Administração Penitenciária, Walber Virgolino, as investigações
e o diagnóstico do funcionamento de um esquema criminoso que funcionava dentro
dos presídios são essenciais para mostrar a sociedade que a polícia tem um
trabalho constante de vigilância, monitoramento e repressão aos crimes no
Estado, estejam onde estiverem, inclusive dentro das Penitenciárias, tudo será
descoberto e punido.
As
investigações que terminaram na execução da Operação Scarface tiveram início em
2011, com o monitoramento de quadrilhas de tráfico de drogas que atuavam em
vários bairros de João Pessoa, como Mangabeira e Bairro dos Novais, além de
cidades da Grande João Pessoa como Cabedelo, Bayeux e Santa Rita. As
investigações levaram também a detentos que já se encontravam presos. Eles eram
apontados como mandantes de assassinatos e estariam saindo inclusive de
presídios federais. Os crimes estariam sendo articulados pelas mulheres dos
detentos, que recebiam ordens durante visitas e repassavam em seguida para
criminosos que estavam nas ruas.
Os
presos na Operação Scarface são acusados de
tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, homicídios e
formação de quadrilha. E agora ficarão à disposição da Justiça.
Secom/PB
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