terça-feira, 27 de março de 2012

Luiz Couto fala de indignação e pede desculpas a Vital e Rui Falcão


O deputado Luiz Couto realizou pronunciamento no pequeno expediente da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (26), onde falou da indignação diante do episódio do repórter que se infiltrou na reunião privada que o parlamentar fazia com os delegados ao Encontro do PT e utilizou-se de uma fala destinada à militância para propalar intriga entre o parlamentar, o senador Vital do Rêgo e o presidente do PT Nacional, Rui Falcão. Ao final do discurso, Luiz Couto pediu desculpas ao senador e ao presidente do PT.
Leia o pronunciamento na íntegra:   

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Na noite de ontem, no Fantástico, programa dominical da Rede Globo, ouvi o lutador Anderson Silva dizer que como contumaz vencedor, tantas vezes campeão, nunca deixou de ter medo. É dele a seguinte frase: Quem não tem medo é um irresponsável.

Retiro da sabedoria de Anderson Silva, um homem de origem humilde que conseguiu ser grande na sua arte de lutar, mais um importante ensinamento para a minha militância política: sem me amedrontar diante da imprensa, preciso temer os golpes do jornalismo de emboscada que determinados setores da mídia praticam para alcançar seus objetivos mercadológicos e satisfazer a sua busca de sucesso fácil.

Na última sexta-feira, em João Pessoa, fui pego de surpresa com mais um golpe do jornalismo de emboscada. Alguns blogs e programas de rádio divulgaram dois fragmentos de uma fala que eu tinha feito em uma conversa restrita, uma reunião interna com companheiras e companheiros do PT em uma sala na sede do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
Naquela ocasião, estávamos conversando sobre a conjuntura política na Paraíba e as disputas travadas no PT do Município de João Pessoa, quando eu fui informado de que o companheiro Rui Falcão, presidente nacional do meu partido, iria participar do encontro de delegadas e delegados do PT para deliberar sobre a tática política do nosso partido nas eleições de 2012 na nossa Capital.

Naquele momento então eu falei, num tom informal, com meus companheiros e companheiras, que, se Rui Falcão viesse à Paraíba no dia 29 de março, na próxima quinta-feira, data do lançamento do livro A Privataria Tucana em João Pessoa, ele seria interpelado sobre os dois capítulos que no livro citam seunome.

Minha conversa informal com pessoas do meu círculode amizades e de militância política estava sendo gravada por um espião que se diz jornalista e que estava infiltrado em nossa reunião. Quando o espião percebeu que tinha sido descoberto em um ambiente que não era o seu e para o qual não foi convidado, correu, fugiu e cuidou de montar uma intriga entre minha pessoa e a de Rui Falcão.

O espião infiltrado pinçou uma frase dentro de um contexto mais geral para envenenar, criar um factoide. Pior, alguns companheiros do PT, que democraticamente têm divergências de concepção política comigo, fizeram coro com o espião, para apressadamente tecer uma divergência entre eu e o companheiro Rui Falcão e, por tabela, com a direção nacional do PT.

Retomo aqui ensinamento do lutador Anderson Silva para os ringues, que trago agora para minha militância,para dizer novamente aos meus pares nesta casa que, para ser responsável sem se deixar amedrontar, épreciso ter medo dos golpes baixos que surgem na luta política. O mais perigoso éficar e morar nas garras do medo. É preciso sair para fora. Olhando nos olhos do risco. A vida é cheia de riscos. Essa frase é do Frei Prudente Nery.


Nós que somos forjados nas lutas em defesa da liberdade e da democracia, nós que defendemos a liberdade de imprensatemos que temer os artifícios daqueles que, infiltrados na mídia, crentes de que os fins justificam os meios, lançam mão da espionagem, da emboscada, da edição criminosa de matérias para tecer intrigas. 


Contudo, quero pedir desculpas por opiniões pessoais que foram indevidamente externadas no calor das discussões. Indignado com as injustiças que temos enfrentado, errei ao externar concepções minhas sobre duas autoridades públicas. Por este fato, Sr. Presidente, quero publicamente pedir desculpas ao Senador Vital do Rêgo, ao Presidente do PT Nacional, Rui Falcão, e aos demais que se sentiram ofendidos pelo que falei.

Ao companheiro Rui Falcão expresso aqui as minhas explicações e ratifico todo o meu respeito.


Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

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