quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sessão discute o Porto de Cabedelo

Um grande movimento em prol da continuidade das obras de dragagem do Porto de Cabedelo foi formado a partir da sessão realizada nesta quarta-feira (25.01) na Assembleia Legislativa da Paraíba, dentro dos trabalhos da Comissão Representativa de Recesso. Diversos segmentos, entre os quais, parlamentares da Bancada Federal Paraibana, senadores e deputados federais, além de deputados estaduais, vereadores e representantes da sociedade civil organizada assumiram o compromisso de se unirem pela retomada das obras de ampliação do calado do Porto de Cabedelo, que estão paralisadas desde o agosto do ano passado.
Como encaminhamento da sessão, a deputada federal Nilda Gondim (PMDB), se comprometeu a levar ao conhecimento dos senadores e demais deputados federais paraibanos a pauta, para que então seja marcada uma audiência com a presidenta Dilma o mais breve possível para sejam feitas as reivindicações necessárias. “Com absoluta certeza, ela é sensível a projetos dessa natureza e nos atenderá”, afirmou Nilda.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Marcelo (PSDB) reafirmou na ocasião, o compromisso do Poder Legislativo, através de sua agenda positiva, com a pauta de desenvolvimento da Paraíba, que inclui o Porto de Cabedelo. “Por isso, é importante a união de todas as matizes políticas em favor da conclusão da dragagem do canal de acesso ao Porto, essencial para incrementar o desenvolvimento econômico do Estado”, disse o presidente.
Atualmente, cerca de 92% das obras estão concluídas, conforme revelou o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jácome. Ele afirmou que a obra do Governo Federal, licitada pela Secretaria dos Portos, vinha em um ritmo positivo e tinha a perspectiva de conclusão em maio de 2011, já com algum atraso. E todos os encaminhamentos foram realizados pela Companhia Docas.
“Só que os cerca de 9% que faltam são uma ‘pedra no caminho’. Do ponto de vista oficial ainda não temos uma posição da Secretaria dos Portos, de qual o tipo de equipamento é necessário e qual o volume real que precisa ser retirado e o que foi licitado. No papel são cerca de 262 mil metros cúbicos, mas achamos que tem mais”, esclareceu Wilbur.
O deputado Trócolli Júnior (PSD), propositor da sessão, revelou que se não for tomada rapidamente uma posição concreta, aproximadamente 40 milhões de reais serão perdidos. Uma vez que um dos trechos dragado foi paralisado e começa a ser assoreado. “A Paraíba e Cabedelo não podem mais esperar. Estamos mendigando recursos extremamente pequenos há oito anos”, afirmou o parlamentar.
A amplitude do tema foi lembrada pelo deputado federal Efraim Filho (DEM), já que segundo ele, não é uma questão localizada para atender uma comunidade única. “O Porto é a porta de desenvolvimento para a Paraíba. O custo de transporte marítimo representa uma vantagem e agrega valor. O diagnóstico está posto e agora precisamos do tratamento”, destacou o deputado federal.
O senador Cícero Lucena (PSDB) enfatizou o grande potencial do Porto de Cabedelo, porém observou que só ele não é suficiente para o desenvolvimento do Estado. “É fundamental que estejamos juntos em favor da potencialização do porto e partir para o projeto do porto de águas profundas”, salientou.
Para o presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, a questão dos portos brasileiros é imprescindível, já que existe uma saturação. “Quanto mais portos melhor. E só uma ação conjunta da Assembleia e outros setores conseguirá que esta obra tenha fim e possamos pensar quais as funcionalidades do Porto de Cabedelo”, destacou.
O presidente do Comitê em Defesa do Porto, Márcio Madruga, parabenizou e agradeceu a iniciativa da Assembleia Legislativa, através do presidente Ricardo Marcelo em promover o debate sobre a questão. Para ele, o momento representa um divisor de águas na história portuária, já que se justifica a mobilização diante da importância do Porto como ferramenta mestra para entrada e saída de riquezas.
De acordo com Madruga, as obras de dragagem estão paralisadas desde agosto e já está no sexto aditivo. “O povo da Paraíba merece competir de forma mais justa. Não podemos aceitar que a dragagem tenha sido contratada e licitada de forma subdimensionada”, afirmou ele que acrescentou que o porto ainda tem uma ocisiodade ocupacional de 60%.
Participaram ainda da sessão, o deputado federal Manoel Júnior (PMDB), deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), representantes dos trabalhadores portuários, o capitão dos portos da Paraíba, Victor Jeronimo Buarque, o ex-senador Roberto Cavalcanti, o ex-deputado federal Marcondes Gadelha, além de inúmeros deputados estaduais e autoridades.

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