sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Polícias da Paraíba prendem mais de 500 pessoas em operações especiais realizadas em 2012


Renascimento, Hidra, Palácio de Hades, Independência, Muralha, Gabarito e Esqueleto. Essas foram algumas das mais de 80 operações de médio e grande porte realizadas pelas polícias Civil e Militar da Paraíba em 2012. As ações, juntamente com o trabalho diário executado nos 223 municípios paraibanos, resultaram em mais de 500 prisões e na apreensão de quase 700 quilos de entorpecentes, entre maconha, crack e cocaína, além de veículos e máquinas caça-níqueis. Em 2011, foram cerca de 60 operações, uma média de quatro por mês, que resultaram na prisão de mais de 300 criminosos.
De acordo com o secretário executivo da Segurança e da Defesa Social (Seds), Jean Nunes, as operações deflagradas pelos órgãos operativos de segurança estadual seguiram o Plano Operacional traçado para o ano, cujo principal objetivo foi prevenir a violência e reduzir a criminalidade. “Executamos com sucesso as diretrizes da nossa gestão, que são baseadas na qualidade dos resultados, nas técnicas policiais e no atendimento ao cidadão. Também conseguimos construir uma boa articulação com o Poder Judiciário, Ministério Público, policias Federal e Rodoviária Federal, e polícias de outros Estados”, destacou o secretário.

O delegado Isaías Gualberto, Assessor de Ações Estratégicas da pasta, explica que as operações de médio e grande porte são ações diferenciadas, que demandam planejamento e empenho especiais das instituições, além do emprego de um maior número de efetivo. “No ano de 2011 tivemos mais de 60 operações desses tipos e em 2012 mais de 80. Isso dá uma média de mais de seis ações diferenciadas por mês, além das prisões e apreensões ordinárias, ou seja, realizadas todos os dias pelas polícias  Civil e Militar no exercício de suas atribuições preventiva, repressiva e investigativa, respectivamente”, detalhou Gualberto. Segundo ele, enquanto as operações da Polícia Civil demandam investigação, as da PM têm caráter preventivo.

Paralelamente às ações especiais, as polícias realizam operações de rotina, que contribuem para o resultado alcançado, como a ‘Autoria de Crimes Violentos Letais Intencionais’, cujo objetivo é a resolutividade de inquéritos policiais referentes a homicídios; ‘Malhas da Lei’, que busca o cumprimento de mandados de prisão em aberto; ‘Repressão ao crack’, dando prioridade a apreensão de drogas; ‘Saturação’, que visa a ocupação de áreas onde são detectados homicídios e tentativas de homicídio; e a ‘Divisa Segura’, a qual reforça a segurança nas divisas da Paraíba. Todas estão previstas no Plano Operacional da Seds e foram monitoradas semanalmente.
Ações estratégicas - Em 2012, ainda coube à Polícia Militar executar ações estratégicas em grandes eventos, a exemplo do que aconteceu nas operações Carrossel, que manteve a tranquilidade entre os dias 12 e 15 de dezembro, período que abrangeu os feriados do Dia das Crianças, da Padroeira do Brasil, dos Comerciários e Dia dos Professores; Eternidade, no dia de Finados, e Republicana, que reforçou o policiamento ostensivo no feriado de 15 de novembro. Durante o ano ainda houve a operação Nômade, ação contínua com objetivo de saturar o policiamento em bairros da grande João Pessoa e de Campina Grande, e Presença, que manteve policiais militares de prontidão em pontos estratégicos, com maior incidência de crimes.
Confira algumas operações de destaque em 2012:

Janeiro – Entre as operações relevantes ocorridas em janeiro de 2012 estão a Resgate, na qual militares e civis prenderam 26 pessoas acusadas de homicídios na região de Catolé do Rocha; e a Copacabana, na qual uma quadrilha acusada de clonar cartões foi presa na Capital, graças ao trabalho investigativo das delegacias de Defraudações e Roubos e Furtos de Veículos e Cargas.

Fevereiro – Renascimento foi o nome da ação que combateu o tráfico no bairro do São José, em João Pessoa, e resultou na prisão de oito pessoas e na apreensão de dois adolescentes no mês de fevereiro. Também nesse mês foram destaque as ações denominadas Carcará, que prendeu um policial militar acusado de matar gays, lésbicas e prostitutas em Patos, e Força Grega, na qual 20 pessoas foram presas por policiais civis e militares sob a acusação de cometer vários crimes na cidade.
Março – O mês foi marcado pela Operação Hidra, quando policiais civis e militares cumpriram 22 mandados de prisão em todo o Estado e em Pernambuco, desarticulando uma quadrilha de tráfico de drogas comandada por presidiários do Presídio Romero Nóbrega, em Patos. Entre os presos estavam funcionários do Sistema Penitenciário.

Abril – Em Campina Grande, foram apreendidas 50 máquinas caça-níqueis pela Polícia Civil na Operação Xeque-Mate. Outro destaque na cidade foi a operação Palácio de Hades, na qual as polícias estaduais, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), prenderam um grupo de nove pessoas acusado de pelo menos 12 homicídios.

Já a Operação Escudo foi executada pelas polícias Civil e Militar, com apoio da Polícia Federal nas cidades de Princesa Isabel (PB) e Arcoverde (PE) e rendeu a apreensão de 10 quilos de crack e prisão de cinco pessoas.

Maio – Foram desencadeadas entre outras as ações Asilo Inviolável, em Campina Grande, Mina de Prata, em João Pessoa, com a prisão de quatro pessoas e apreensão de 50 máquinas caça-níqueis, no bairro do Altiplano.
Junho – O mês foi marcado pela ação de nome Gabarito, que investigou fraudes em concursos públicos realizados em cidades paraibanas. A ação foi realizada pela Polícia Civil, Controladoria Geral da União e Ministério Público. Também em junho, a Operação Muralha, da Polícia Militar, apreendeu 40 quilos de maconha no Cariri e no Sertão.

Julho – A Polícia Civil, com auxílio da PRF, apreendeu uma carga de acessórios para veículos roubados em João Pessoa, durante a ação denominada Intrujão.
Agosto e setembro – Os destaques foram a operações Eclipse, que prendeu 10 integrantes de grupos rivais existentes em Pilar e São Miguel; e Liberdade, que até dezembro contabilizou mais de 23 prisões e mais de 100 quilos de maconha apreendidos no bairro do Renascer em João Pessoa.
Na operação Independência, policiais civis e militares prenderam acusados de homicídios na região de Mari, entre eles um homem apontado como autor de pelo menos 36 homicídios na cidade. Já na ação de batizada de Esqueleto, a Polícia Civil prendeu 42 pessoas acusadas de integrar um grupo criminoso responsável por homicídios e tráfico na região metropolitana de João Pessoa.

Outubro – Outubro teve a ação de nome Cassino, na qual foram apreendidas 47 máquinas caça-níqueis no bairro de Manaíra, Capital. Em novembro, a Operação Pinguim prendeu oito pessoas em Cajazeiras, e a Mangue Seco resultou na prisão de sete pessoas e apreensão de armas em Pitimbu, Litoral Sul do Estado.

Dezembro – Na operação Abadir o Grupo de Operações Especiais (GOE) Polícia Civil prendeu 10 pessoas acusadas de comandar o tráfico de drogas e homicídios de dentro dos presídios do Róger e Sílvio Porto, Capital. Entre os dias 30 de novembro e 8 de dezembro, só em João Pessoa, as polícias Civil e Militar apreenderam 27 quilos de maconha, 21 de crack e nove quilos de cocaína. Quatro homens e uma mulher ainda foram presos na Operação Sulanca, que desarticulou uma quadrilha especializada em assaltos a sacoleiros que iam da Paraíba para as cidades de Toritama, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe.

Secom/PB

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