O vereador Geraldo Amorim (PDT) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), durante a sessão ordinária desta terça-feira (4), para cobrar uma ação efetiva das autoridades competentes para investigar os problemas na gestão do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, gerido por uma Organização Social (OS).
Segundo o parlamentar, a OS Cruz Vermelha foi contratada sem que houvesse justificativa para escolha da entidade e do preço do contrato. Amorim ainda falou que, de acordo com o Ministério Público (MP), a entidade teve sua qualificação como Organização Social confirmada pelo Governo da Paraíba mesmo sem preencher os requisitos para tal. Ele ainda comentou que foram encontradas condições precárias de trabalho para os médicos, superlotação e falta de equipamentos, e que as condições de atendimento aos pacientes se tornaram mais precárias.
Geraldo Amorim lembrou que no ano passado houve uma verdadeira luta para não aprovar o projeto de lei (PL) nº 1064/2011, encaminhado pelo Executivo, que dispunha sobre a qualificação de entidades como organizações sociais na Capital, e sua vinculação contratual com o Poder Público Municipal. O parlamentar fez questão de enfatizar que se a votação acontecesse hoje ele não seria favorável, porque não observou nenhuma benfeitoria para a população. “Muito pelo contrário, existem muitas reclamação de mau atendimento e de má gestão do hospital”, reforçou.
“Precisa haver uma investigação apurada sobre o atendimento, e o Governo precisa assumir a responsabilidade como gestor público e agir no Trauma para que o pior não aconteça. O que está acontecendo nesse hospital é uma vergonha para a nossa cidade. O pior é querer encobrir isto”, disse.
Breve histórico
A votação foi nominal, e todos os vereadores puderam declarar o seu voto. Ao todo foram 13 votos favoráveis ao projeto e cinco contrários. Votaram a favor da aprovação do projeto os seguintes vereadores: Bruno Farias (PPS), líder da situação; Ubiratan Pereira, o Bira; Sandra Marrocos e Zezinho Botafogo, todos do PSB; Jorge Camilo e Benilton Lucena, ambos do PT; Geraldo Amorim (PDT); Sales Dantas (PR); Pastor Edmilson (PRB); Felipe Leitão (PRP); Raissa Lacerda (PSD); Vera Lucena (PSDB) e Bosquinho (DEM).
Os vereadores da bancada de oposição votaram pela não aprovação do projeto, são eles: Fernando Milanez (PMDB), líder da oposição; Tavinho Santos (PTB); Eliza Virgínia (PSDB), Mangueira (PMDB) e Marcos Vinícius (PSDB). Ainda foram registradas as ausências dos vereadores, Luís Flávio (PSDB) e Dinho (PRP).
O projeto foi amplamente discutido nas Comissões Permanentes da Casa e todos os vereadores tiveram espaço para justificar o seu voto no momento da votação.
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