“Mais uma vez, o governo
federal mostra que o que dizia na campanha não era pra valer", assim
reagiu o senador Cássio Cunha Lima ao comentar a repentina mudança de regras
para o FIES (Fundo de Investimento Estudantil), e que está prejudicando
centenas de estudantes em todo o país.
Um transtorno. Alunos em
polvorosa. As faculdades
particulares entraram na Justiça contra as novas regras do Fies. Elas questionam
a exigência de uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) para os estudantes terem
acesso ao financiamento de cursos.
Este ano, para
participar do Fies o aluno terá que se adequar a uma nota mínima no Enem. A
partir de abril, o programa de financiamento exigirá que o estudante tire pelo
menos 450 pontos no Enem e que não tire zero na redação. Antes, não havia nota
mínima. Bastava fazer o exame.
O Fies paga de
50% a 100% da mensalidade, dependendo da renda da família. Os pedidos ao
programa de financiamento podem ser feitos em qualquer época do ano. No ano
passado, o governo gastou R$ 9 bilhões com o Fies. Com a mudança na nota do
Enem as universidades privadas dizem que a quantidade de matrículas pode cair
em até 20%. Por isso, eles estão tentando na Justiça derrubar a medida.
IMPASSE
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“A questão é que o governo Dilma criou
um impasse entre alunos e faculdades e muitos não estão conseguindo, sequer,
garantir a matrícula para este semestre, cujas aulas estão prestes a começar” –
lamenta Cássio Cunha Lima, para quem a mudança repentina no critério de
concessão do Fies contraria o lema da presidente, que prometeu priorizar a
educação.
Na verdade, foram duas medidas que atrapalharam
a vida dos estudantes que dependem do financiamento estudantil. Uma limita a
solicitação de benefícios por estudantes. A partir de agora, o aluno que for
beneficiário do Fies não poderá aderir ao Pró-Uni (e vice-versa). A outra
medida estabelece que todos aqueles que optarem por aderir ao financiamento
estudantil têm que apresentar nota mínima de 450 pontos no Enem e não podem
zerar a redação.
INSEGURANÇA
-
Para Cássio, mudar as regras com o programa em andamento causou grande
sentimento de insegurança entre os estudantes. Outro ponto de mudança diz
respeito ao aumento do prazo dos repasses financeiros às universidades, antes
em 30 dias e agora em 40 dias. Segundo o senador paraibano, está claro que,
devido ao descalabro administrativo e financeiro do governo federal, a conta
mais uma vez está sendo paga pela população.
Assessoria do senador Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB)
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