sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Escola Especial de Música Juarez Johnson abre ano letivo nesta terça-feira

Projeto pioneiro no Nordeste, a Escola Especial de Música Juarez Johnson abre o primeiro período letivo de 2015 nesta terça-feira (3). Na mesma data, pais de alunos podem efetuar suas matrículas para as aulas de violino, violoncelo e piano, com turmas às terças e quintas nos turnos da manhã e tarde, no Espaço Cultural José Lins do Rego, rampa 2. 
Atualmente com 35 alunos matriculados e uma extensa lista de espera, a EEMJJ é referência no desenvolvimento de atividades artístico-culturais e atendimento a portadores de necessidades especiais pela abordagem individual que adota. Com idades que variam dos 5 aos 30 anos, o público alvo são crianças com idade a partir de um ano e jovens que possuam deficiências como síndrome de down, paralisia cerebral, autismo, paraplegia, deficiência visual, hidrocefalia, nanismo, mutismo, mielomeningocele, elefantíase, síndrome de Asperger e síndrome de William.
De acordo com o diretor da unidade cultural, Leonardo Limongi, não há um limite de idade para participar das atividades. A principal estratégia de atuação da Escola Especial de Música Juarez Johnson é desenvolver, socializar, harmonizar, interagir as crianças com a sociedade. Por meio da educação musical, as crianças desenvolvem suas aptidões para a arte, o que contribui para melhoria do ensino e aprendizagem.
Sobre a escola – Equipamento da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), a EEMJJ foi fundada no dia 25 de outubro de 2009 e caracteriza-se por seu pioneirismo, uma vez que é a primeira Escola Especial de Música do Brasil voltada exclusivamente para alunos portadores de necessidades especiais. A unidade tem como objetivo primordial a atenção integral à pessoa com deficiência por meio do ensino da música.
Para o ano de 2015, estão previstas novas turmas de percussão e musicalização infantil. “Em breve, teremos condições de oferecer musicografia em Braille”, revela Limongi, ainda sem previsão de uma agenda para as novas especialidades.
Verdadeiro exemplo de cidadania e superação, o projeto tem contribuído para a inclusão social de crianças e adolescentes que possuem algum tipo de deficiência mental. São pessoas que encontram, através da convivência com uma equipe capacitada, a chance de superar obstáculos.
O projeto da EEMJJ foi idealizado pelo ex-gestor da Fundação, Maurício Burity e pela então coordenadora da unidade, Patrícia Johnson, filha do violoncelista Juarez Johnson, patrono da escola, que  integrou a Orquestra Sinfônica da Paraíba e dirigiu o Theatro Santa Roza.
Método - Cada criança assiste a duas aulas por semana com atendimento individual ou em conjunto, dependendo da avaliação do professor responsável. O método permite que o professor conheça as dificuldades e aptidões do aluno  e assim  possa desenvolver um trabalho que aproveite da melhor forma possível as potencialidades  da criança, aguçando os estímulos através de analogias com cores e números, e alcançando um resultado promissor num menor espaço de tempo. Neste processo, o acompanhamento dos pais dando continuidade ao trabalho é de fundamental importância no progresso da criança.
O conteúdo das aulas varia de acordo com o ritmo e percepção do aluno. Alguns têm contato com a teoria musical, mas o foco das aulas se concentra na prática, na realização da música. Além da música, os estudantes têm contato com outras linguagens artísticas como pintura e teatro, permitindo outras formas de expressão e comunicação.
O corpo docente é formado por cinco músicos que ensinam piano, violino e violoncelo. A equipe conta também com o suporte de profissionais especializados como psicólogo, terapeuta ocupacional, enfermeiro e fonoaudiólogo.

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