Projeto pioneiro no Nordeste, a Escola Especial de
Música Juarez Johnson abre o primeiro período letivo de 2015 nesta terça-feira
(3). Na mesma data, pais de alunos podem efetuar suas matrículas para as aulas
de violino, violoncelo e piano, com turmas às terças e quintas nos turnos da
manhã e tarde, no Espaço Cultural José Lins do Rego, rampa 2.
Atualmente com 35 alunos matriculados e uma extensa
lista de espera, a EEMJJ é referência no desenvolvimento de atividades
artístico-culturais e atendimento a portadores de necessidades especiais pela
abordagem individual que adota. Com idades que variam dos 5 aos 30 anos, o
público alvo são crianças com idade a partir de um ano e jovens que possuam
deficiências como síndrome de down, paralisia cerebral, autismo, paraplegia,
deficiência visual, hidrocefalia, nanismo, mutismo, mielomeningocele,
elefantíase, síndrome de Asperger e síndrome de William.
De acordo com o diretor da unidade cultural, Leonardo
Limongi, não há um limite de idade para participar das atividades. A principal
estratégia de atuação da Escola Especial de Música Juarez Johnson é
desenvolver, socializar, harmonizar, interagir as crianças com a sociedade. Por
meio da educação musical, as crianças desenvolvem suas aptidões para a arte, o
que contribui para melhoria do ensino e aprendizagem.
Sobre a escola – Equipamento da Fundação Espaço
Cultural da Paraíba (Funesc), a EEMJJ foi fundada no dia 25 de outubro de 2009
e caracteriza-se por seu pioneirismo, uma vez que é a primeira Escola Especial
de Música do Brasil voltada exclusivamente para alunos portadores de
necessidades especiais. A unidade tem como objetivo primordial a atenção
integral à pessoa com deficiência por meio do ensino da música.
Para o ano de 2015, estão previstas novas turmas de
percussão e musicalização infantil. “Em breve, teremos condições de oferecer
musicografia em Braille”, revela Limongi, ainda sem previsão de uma agenda para
as novas especialidades.
Verdadeiro exemplo de cidadania e superação, o
projeto tem contribuído para a inclusão social de crianças e adolescentes que
possuem algum tipo de deficiência mental. São pessoas que encontram, através da
convivência com uma equipe capacitada, a chance de superar obstáculos.
O projeto da EEMJJ foi idealizado pelo ex-gestor da
Fundação, Maurício Burity e pela então coordenadora da unidade, Patrícia
Johnson, filha do violoncelista Juarez Johnson, patrono da escola, que integrou a Orquestra Sinfônica da Paraíba e
dirigiu o Theatro Santa Roza.
Método - Cada criança assiste a duas aulas por
semana com atendimento individual ou em conjunto, dependendo da avaliação do
professor responsável. O método permite que o professor conheça as dificuldades
e aptidões do aluno e assim possa desenvolver um trabalho que aproveite
da melhor forma possível as potencialidades
da criança, aguçando os estímulos através de analogias com cores e
números, e alcançando um resultado promissor num menor espaço de tempo. Neste
processo, o acompanhamento dos pais dando continuidade ao trabalho é de
fundamental importância no progresso da criança.
O conteúdo das aulas varia de acordo com o ritmo e
percepção do aluno. Alguns têm contato com a teoria musical, mas o foco das
aulas se concentra na prática, na realização da música. Além da música, os
estudantes têm contato com outras linguagens artísticas como pintura e teatro,
permitindo outras formas de expressão e comunicação.
O corpo docente é formado por cinco músicos que
ensinam piano, violino e violoncelo. A equipe conta também com o suporte de profissionais
especializados como psicólogo, terapeuta ocupacional, enfermeiro e
fonoaudiólogo.
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