A enfermeira Roberta Chagas Marinheiro, que mora no Bairro dos
Bancários, em João Pessoa foi uma das primeiras mulheres a participar de mais
uma campanha de incentivo à doação feminina de sangue aberta oficialmente na
manhã desta sexta-feira (7) pelo Hemocentro da Capital, em homenagem ao Dia
Internacional da Mulher. Ela fez a doação de sangue e afirmou que esta foi a
segunda vez que compareceu ao Hemocentro.
Roberta Chagas lembrou que no mês de setembro do ano passado
decidiu ser doadora voluntária, por perceber a importância que o sangue tem na
hora de salvar uma vida. “Chega de dizer que a mulher é um sexo frágil, nós
somos fortes, temos que acabar com esse preconceito e como temos o dom do
‘cuidar’ precisamos cuidar das pessoas com este ato generoso e solidário que é
a doação de sangue”, destacou a enfermeira ao fazer um apelo para que as
mulheres procurem o Hemocentro para fazer a sua doação não só agora em março,
mas durante os outros meses do ano.
Quem também compareceu ao Hemocentro foi a telefonista Maria das
Neves de Alcântara, que reside no bairro Valentina de Figueiredo, em João
Pessoa. Ela contou que viu a matéria na televisão e decidiu fazer a doação.
“Sempre tive vontade de fazer isso, mas tinha certo receio. Agora me encorajei
e vim doar e a partir de agora vou continuar doando periodicamente sempre que
estiver em condições de saúde”, disse a telefonista.
A chefe do Núcleo de Ações Estratégicas do Hemocentro, Divane
Cabral, explicou que o objetivo da campanha, que vai se estender até o dia 31
de março, é aumentar em 30% o número de doações do sexo feminino. As mulheres
que compareceram na manhã desta sexta-feira ao Hemocentro receberam uma
mensagem e pequena lembrança em alusão ao seu dia.
A diretora geral do Hemocentro, Sandra Sobreira, informou que
diariamente o Hemocentro recebe em média 200 doadores. Desse total, cerca de
23% é do sexo feminino e esse percentual está abaixo da meta proposta pelo
Ministério da Saúde a todos os Hemocentros, que é de 30%. “Nesse mês de março,
aproveitando que a mulher é a grande homenageada pelo seu dia, estamos lançando
essa campanha de doação feminina estimulando as mulheres a doar sangue e
quebrar tabus e preconceitos”, disse Sandra Sobreira.
Divane Cabral afirmou que a falta de informação compromete a
doação feminina. “A mulher, assim como o homem, pode doar e apenas a gestação e
o primeiro ano da amamentação impedem a doação em mulheres. O intervalo para
cada doação é de dois meses para o homem e três meses para a mulher”, explicou,
adiantando que as ações serão intensificadas para este público, sensibilizando
e incentivando as mulheres para serem doadoras.
Fortalecendo o estoque – Sandra Sobreira explicou que a
rede de hemonúcleos está contribuindo para fortalecer o estoque de bolsas de
sangue do Hemocentro, em João Pessoa. A rede tem unidades em Princesa Isabel,
Picuí, Itaporanga, Piancó, Patos, Sousa, Cajazeiras, Guarabira, Monteiro,
Catolé do Rocha, além do Hemocentro de Campina Grande.
Segundo a diretora, o ato de doar sangue é, antes de tudo, um
gesto de amor ao próximo. Cada vez que uma pessoa doa sangue, salva a vida de
até quatro pessoas. A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador
e a sua recuperação é imediata. “É um gesto simples, mas de grande valor humano
e solidário e a gente só sabe da importância do sangue quando nós ou algum
parente está precisando dele”.
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