No
período de 1º a 25 de janeiro de 2016 (4ª semana epidemiológica), foram
notificados na Paraíba 1.256 casos suspeitos de dengue, segundo boletim
divulgado nesta quarta-feira (3) pela Secretaria de Estado da Saúde. Em 2015,
no mesmo período, foram registrados 265 casos prováveis dengue, o que
representa um aumento de 373,96%. Pelos dados constantes no boletim, observa-se
que a incidência da dengue em 2016 é de 31,61 casos/100 mil habitantes. No
mesmo período dos anos de 2014 e 2015 essa incidência era, respectivamente, 7,5
e 6,7.
Diante
disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ressalta como de extrema
importância traçar, executar e intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti
pela gestão federal, estadual e municipal, além do envolvimento da população.
Quanto
ao número de óbitos suspeitos de dengue, em 2016 foram notificados três, nos
municípios de Campina Grande, Monteiro e Sapé. Todos esses óbitos estão com
investigação em andamento, com busca de informações domiciliares, ambulatorial
e hospitalar, conforme Protocolo do Ministério da Saúde.
O
Boletim Epidemiológico lembra que em 2015, até a 52ª Semana Epidemiológica, a
Paraíba apresentava seis óbitos por dengue. Ao comparar com registro do mesmo
período de 2014, quando foram registrados nove óbitos por dengue, observamos
uma redução de 33,3%.
A
Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES comunica que os óbitos que se
encontram em investigação estão aguardando o resultado do laboratório do
Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, e seguem acompanhados pela área
técnica e municípios, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde.
Febre chikungunya – Em 2016, o município de Coremas
sinalizou um caso suspeito da doença, o qual segue em investigação. A SES
aguarda os resultados do laboratório referência de Pernambuco (Lacen-PB).
A
SES lembra que todo caso suspeito de chikungunya é de notificação compulsória
imediata e deve ser informado em até 24 horas às esferas municipal, estadual e
federal. Para a notificação deve-se ligar para 0800 281 0023, 3218 7331 ou
98828 2522.
Zika vírus – A Paraíba conta com três unidades
sentinelas do zika vírus, implantadas em Bayeux, Campina Grande e Monteiro,
conforme recomendação do Ministério da Saúde.
A
SES ressalta que para que as atividades de intervenção sejam desencadeadas não
é necessária a confirmação laboratorial, tendo em vista que as ações
epidemiológicas e ambientais devem ser permanentes.
Quanto
à situação laboratorial em 2016, a Paraíba enviou 90 amostras de casos
suspeitos de microcefalia ao Instituto Evandro Chagas, para investigação de zika
vírus, além de 10 amostras para a Fiocruz-PE e aguarda os resultados.
Síndrome de Guillain-Barré - De julho de 2015 até o momento,
foram informados pelos serviços hospitalares 24 casos suspeitos da síndrome,
sendo 16 descartados e oito em investigação por suspeita de ter correlação com
o zika vírus.
Mesmo
não se tratando de uma doença de notificação compulsória, conforme portaria
1.271/2014 MS, a SES, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde,
recomenda a todos os serviços de saúde a comunicação à Área Técnica da
Vigilância Epidemiológica – Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas e à
Coordenação dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica, por meio dos
telefones 3218 7331, 3218 7381 ou 3218 7317.
Situação de Vigilância Ambiental – De acordo com o Boletim
Epidemiológico, na Paraíba, até 28 de janeiro de 2016 foram visitados 645.681
imóveis (78%).
A
Gerência Executiva de Vigilância em Saúde ressalta que os dados de visitas de
todos os municípios devem ser alimentados diariamente, por meio de
preenchimento do formulário eletrônico até as 9h do segundo dia após visita de
campo.
Neste
momento os municípios devem intensificar as ações de controle ao Aedes aegypti.
Atendendo solicitação da SES, até o momento 17 municípios estão com sala de
situação estruturada.
Secom/PB
Nenhum comentário:
Postar um comentário