A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB)
realizou, nesta quarta-feira (21), Audiência Pública para debater a importância
do diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer e informar a sociedade dos
direitos que têm os portadores da enfermidade.
A Audiência Pública foi realizada
no âmbito da Comissão de Saúde e a propositura é do deputado Ricardo Barbosa.
Participaram do evento os deputados Inácio Falcão e Charles Camaraense, além da
presidente da Associação Brasileira de Alzheimer na Paraíba, Regina Neves, e
pessoas ligadas ao assunto que atuam no Estado.
Para o deputado Inácio Falcão, debater o assunto é
importante pois a sociedade carece de mais informações sobre o Alzheimer.
"Durante muito tempo a Doença de Alzheimer era confundida com caduquice e
outras doenças que atingem as pessoas mais idosas. O importante é discutir
formas para divulgar a importância de procurar ajudar nos primeiros
sintomas", ressaltou.
O parlamentar também fez um apelo para que as
câmaras municipais dos municípios paraibanos levem o tema para discussão em
toda a Paraíba. "Muitas informações circulam de forma errada sobre o
Alzheimer e é preciso difundir todas as informações sobre o assunto. Essa doença
não tem cura e só o diagnóstico precoce pode fazer o paciente conviver com a
doença sob controle", avaliou o deputado Inácio Falcão.
A presidende da Associação Brasileira de Alzheimer
na Paraíba (ABRAz-PB), Regina Neves, salientou que a Doença de Alzheimer é um
problema familiar, pois o maior problema de um portador da doença é o cuidado.
"Um paciente de Alzheimer depende diretamente da ajuda de outras pessoas
para se locomover, tomar medicamentos e fazer necessidades básicas. Quanto mais
grave a doença, maior o cuidado que a
familiar tem que ter", disse.
Regina revelou ainda que o
diagnóstico precoce da doença pode ser feito por um médico, mas a família é
quem deve prestar atenção ao comportamento dos familiares com o objetivo de
identificar algo de estranho que ocorra como esquecimento, mudança de
comportamento e outras ações diferentes do que a pessoa normalmente tinha.
Durante a Audiência Pública foram
exibidos dois filmes que alertam sobre a importância dos familiares para a
qualidade de vida dos pacientes. A presidente da ABRAz destaca que é necessário
uma equipe multi com enfermeiro, médico, fonaudiológo. O Alzheimer só pode ser
bem tratado se a família colabora", afirmou.
Não existe legislação específica
para a Doença de Alzheimer. Os direitos de quem é acometido por essa demência
consta no Estatuto do Idoso. Mais 1,2 milhão de pessoas no país convivem com a
Doença de Alzheirmer, sendo que a maioria dos casos ainda não foram
diagnosticados.
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