A mudança das estações climáticas favorece as doenças
sazonais, aquelas que ocorrem mais em determinadas estações do ano. No período
de chuvas, que vai de abril a agosto no Nordeste, há um acréscimo no número de
atendimentos nos prontos atendimentos e ambulatórios.
No Complexo de Pediatria Arlinda Marques, que integra a rede hospitalar
do Estado, a procura por estes serviços aumenta em
até 35% nesta época.
“A primeira
coisa que devemos ter certeza é que o calendário vacinal da criança esteja
atualizado, prevenindo doenças que podem ter sua imunidade através das
vacinas”, alerta o diretor técnico do Complexo, pediatra Fabiano Oliveira de
Alexandria.
Ele explica que no Arlinda Marques, em dias normais, são atendidas cerca de 120 crianças
por dia, o que corresponde a 3,6 mil atendimentos ao mês, mas no período de
chuvas esses números podem chegar a 200 atendimentos em um dia e cerca de 5 mil
em um mês. Do total de atendimentos, 65% são de
doenças respiratórias.
Ainda segundo o médico, no período chuvoso aumenta
muito a incidência de viroses respiratórias, doenças do aparelho digestivo, doenças
de pele como larva migrans, piodermites e micoses e situações externas como
desidratação decorrente de doenças diarréicas. “As viroses mais comuns e
frequentes são as que precisam de contato, como resfriado ou gripe,
bronquiolites, conjuntivites, dentre outras”, afirma o pediatra.
No entanto, Fabiano de Alexandria deixa claro que
isso não deve ser motivo para cancelamento de férias ou outras programações, mas
alguns cuidados adicionais devem ser tomados neste período específico, como
evitar aglomerações de pessoas quando a criança é muito pequena (menor que seis
meses), estar em dia com as vacinas habituais, ingerir bastante líquido e suco
de frutas, alimentação variada e adequada para a idade, andar calçado, lavar
sempre as mãos antes de ingerir alimentos, tomar banhos nas horas certas e
monitorar a forma que as crianças maiores fazem sua própria higienização. “São
dicas simples, mas importantes em nosso dia a dia”, destaca o médico.
Ele explica que a complexidade de atendimento do
Arlinda Marques faz com que, cada vez mais, a clientela da unidade
saúde seja composta de pacientes graves, “o que nos faz apelar para que casos
mais simples como resfriados e febre, em seus primeiros episódios, sejam
preferencialmente atendidos primeiro nos Postos de Saúde da Família
(PSFs), nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas), Cais ou outras
unidades de saúde que atendam crianças’, afirma Fabiano de Alexandria.
Secom/PB
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