quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Operação Windows prende duas pessoas e desarticula grupo empresarial que sonegou mais de R$ 8 mi



Duas pessoas foram presas (uma em João Pessoa e outra em Campina Grande), 23 mandados de busca e apreensão cumpridos e 16 pessoas ouvidas, na manhã desta quinta-feira (11), durante a Operação Windows, deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) - através da Promotoria de Justiça Especializada no Combate à Sonegação Fiscal e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) -, a Secretaria de Estado da Receita (SER) e as Polícias Civil e Militar.

A operação teve como objetivo desarticular um esquema de sonegação fiscal praticado por grupo empresarial do ramo da informática que gerou prejuízo de mais de R$ 8 milhões aos cofres públicos estaduais, entre 2006 e 2013. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas sedes de empresas, residências de sócios e escritórios de contabilidade localizados nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Mamanguape, Juarez Távora e Patos.

As duas pessoas presas são proprietárias da ECS Computadores. Os indícios são de participação nos crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, estelionato e formação de quadrilha, cujas penas somadas chegam a 18 anos de reclusão.

De acordo com a promotora de Justiça Renata Carvalho da Luz, uma investigação preliminar da Promotoria de Justiça Criminal de Combate à Sonegação Fiscal e da Receita Estadual demonstrou que, nos últimos oito anos, uma organização liderada pela ECS Computadores vem se utilizando de 13 empresas (a maioria delas constituídas em nome de “laranjas”), que vêm se alternando em suas vidas úteis, vez que, encerravam as atividades, quando extrapolavam os valores dos impostos estaduais sonegados. Isso frustrava o recebimento de tais receitas pelo Estado da Paraíba, que se vê impedido de recuperá-las, considerando que os “laranjas” são totalmente desprovidos de recursos financeiros e patrimoniais.

O secretário da Receita, Marialvo Laureano dos Santos, informou que a investigação teve início há um ano e maio e mostrou que as empresas vendiam os produtos por um determinado valor e declaravam à Receita Estadual um valor de venda menor com o objetivo pagar menos impostos.

O procurador-geral de Justiça, Bertrand Asfora, informou que a operação faz parte do trabalho que o Ministério Público está realizando em conjunto com a Receita Estadual, desde 2011, de combate à sonegação fiscal. Esse trabalho será reforçado em 2015 com a criação da 2ª Promotoria de Combate à Sonegação Fiscal, cujo projeto de lei já está na Assembleia Legislativa para apreciação e aprovação. Bertrand Asfora informou ainda que será criado, no Ministério Público, o Núcleo Integrado de Combate à Combate Sonegação Fiscal, que terá atuação em todo o Estado.
Participaram da operação dez promotores de Justiça, 58 auditores fiscais estaduais da SER, 19 equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar do Estado da Paraíba e quatro delegados da Polícia Civil.

MPPB

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